A devoção desta semana é baseada na leitura de Judas e provém do Concordia Commentary: 2 Peter and Jude.
Leituras Bíblicas
Daniel 7.9-10, 13-14 ou Isaías 51.4-6
Samos 93
Apocalipse 1.4b-8 ou Judas 20-25
João 18.33-37 ou Marcos 13.24-37
Leitura devocional
Judas 24 está repleto de palavras de consolo e júbilo para os leitores cristãos. Em meio à preocupação entre os amados, Judas confessa com alegria aquele que sozinho é capaz de satisfazer suas necessidades finais tanto agora como no final dos tempos [...]. O Deus onipotente exerce todo o poder no céu e na terra. Nada pode impedir sua capacidade de resgatar sua amada. Outras doxologias começam com uma confissão similar sobre "aquele que é capaz".
Embora a referência de Judas à capacidade de Deus pertença à sua onipotência, é seu poder pressionado a serviço de sua misericórdia. Portanto, Judas 24 continua com duas descrições de sua capacidade de salvar para eternidade. Primeiro, ele é capaz de "impedi-los de cair".
Judas já declarou que os amados são "guardados por Jesus Cristo" (Judas 1), isto é, que Deus os está mantendo em graça para o dia em que Cristo voltar. Agora, Judas especifica que, sob o cuidado do Senhor, eles não cairão de Cristo e não cairão na armadilha dos intrusos, e por isso não sofrerão condenação com eles. A imagem do tropeço para indicar um perigo mortal para o povo de Deus surge dos Salmos. Portanto, o Senhor também impedirá que os destinatários venham a tropeçar, como fez com seu povo de antigamente. Esta imagem antiga conforta os amados.
Segundo, Deus é capaz de "apresentá-los diante da sua glória sem mácula e com grande alegria,". A expressão "diante da sua glória" é uma circunlocução semítica respeitosa para Deus. Estar na presença gloriosa do Senhor é um princípio distintivo da esperança cristã para o último dia, quando o Filho do Homem virá em glória. Além disso, Deus apresentará sua amada como "sem culpa". Sua igreja, a noiva de Cristo, tornou-se uma pura virgem através do sacramento do Batismo, "a lavagem de água com a Palavra" (Efésios 5:26), para que Cristo possa apresentar a igreja a si mesmo como "gloriosa", "sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável." (Efésios 5:27). Através da imputação do perdão dos pecados por causa de Cristo, a igreja é considerada justa e santa, apta para o seu Senhor.
A palavra "sem culpa / sem defeito" tem distintas conotações litúrgicas de uma oferta sacrificial aceitável, livre de defeitos. Por causa do sacrifício expiatório do Cristo perfeito e imaculado, os crentes batizados permanecem sem mancha diante de Deus.
"Sem falhas / sem mancha" é outra indicação da qualidade escatológica do "já" e "ainda não" da esperança cristã. Embora os cristãos ainda estejam sobrecarregados com sua natureza humana pecaminosa e suas vidas estejam cheias de impurezas, já agora, por causa de Cristo, os pecados dos amados não são contados contra eles.
Após o retorno de Cristo, eles serão ressuscitados fisicamente para serem incorruptíveis e, assim, na cúspide do eschaton, eles serão finalmente libertados do pecado original e de todos os seus efeitos. Eles permanecerão irrepreensíveis diante da gloriosa presença de Deus, ao contrário dos hereges intrusos, que serão criados para vergonha e tormento eternos. Finalmente, esta apresentação implacável da amada na parusia resultará em "grande exaltação". Embora já tenhamos alegria em Cristo, uma alegria ainda maior nos espera.
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Leitura devocional é adaptada de Concordia Commentary: 2 Peter and Jude, pages 360–61 © 2012 Concordia Publishing House. Todos os direitos reservados.
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