Todd Wilken, anfitrião de Issues, etc., demonstrou grande compreensão e habilidade na análise de tendências na Igreja e na cultura. Eu aprecio sua capacidade de destrinchar as coisas e apresentar claramente as crenças e princípios subjacentes. Fez isso com a tendência atual que tem sido freqüentemente chamada de "luteranismo radical".
O termo é realmente um nome inapropriado, porque essa tendência não confessa a mesma teologia que o Livro de Concórdia. No entanto, a maioria dos que promovem essa teologia afirmam ser luteranos e freqüentemente recorrem a Martinho Lutero. Eles usam a linguagem teológica luterana e enfatizam temas que são muito familiares aos luteranos.
Wilken desenvolveu uma lista de pontos que descrevem a teologia do luteranismo radical e ajudam a identificá-lo. Quanto mais eu trabalho com esse tópico, mais eu aprecio o quão perspicazes e precisos são esses pontos:
Os ensinamentos do luteranismo radical podem ser reconhecidos através de qualquer combinação das seguintes idéias:
1. O pecado é reduzido a autojustificação. A única coisa intrinsecamente pecaminosa de qualquer pensamento, palavra ou ação consiste na tentativa de se justificar diante de Deus.
2. A luta do cristão contra o pecado é substituída por uma luta contra sentimentos de culpa.
3. A luta do cristão contra o pecado é descrita como, na melhor das hipóteses, inútil ou simplesmente uma tentativa de autojustificação.
4. Os usos da Lei pelo Espírito Santo são geralmente abandonados um por um (geralmente na ordem de 3, 1, 2)
5. Contrição sobre o pecado é assumida, mesmo nos incrédulos. Presume-se geralmente que as pessoas tenham conhecimento e consciência culpada sobre seus pecados.
6. A lei é confundida com a dor e a dificuldade de viver num mundo caído. A lei pode ser descrita como qualquer situação ruim ou má ocorrência na vida.
7. A distinção entre Justificação e Santificação é confundida em declarações como "A santificação é simplesmente a arte de se acostumar à justificação".
8. A cooperação cristã na santificação, clara e cuidadosamente ensinada nas confissões luteranas, é equiparada à cooperação na justificação.
9. A cooperação cristã na santificação é descrita como resistir, em vez de cooperar com o Espírito Santo.
10. O encorajamento ou instrução nas Boas Obras é considerado legalismo de fato.
11. A própria lei é vista como a fonte do legalismo, e não o mau uso que o homem faz dela.
12. As advertências das Escrituras para não se desviarem da fé são minimizadas ou ignoradas.
13. As Escrituras são freqüentemente procuradas para encontrar o pecador, em vez do Salvador.
14. Os pecados das figuras bíblicas são exagerados ou sensacionalistas.
15. O ensino é freqüentemente guiado por uma reação aos erros do evangelicalismo moralista, e não pela Palavra de Deus ou pelas Confissões Luteranas.
16. A condição do pecado do homem é descrita como se o pecado de uma pessoa o qualificasse para receber a Graça, em vez de a Graça não ter nenhuma qualificação ou condição no homem.
17. Os efeitos da lei são atribuídos ao evangelho.
18. A Lei pode ser evitada a tal ponto que o Evangelho é colocado em serviço para fazer o trabalho da Lei (produzir arrependimento, instrução em boas obras através de "imperativos do evangelho").
19. Às vezes, o evangelho é substituído por "somos todos pecadores, quem sou eu para julgar?"
***
Publicado Originalmente em: Surburg Blog
Qualquer coincidência com alguém que costumo escutar não é mera coincidência.
ResponderExcluir