dezembro 03, 2018


O novo ano da Igreja começou! Para nossa devoção hoje, lemos sobre Lucas 19: 28-40 em um excerto de Concordia Commentary: Luke 9:51–24:53.

Leituras Bíblicas

  Jeremias 33: 14-16
  Salmo 25: 1-10
☩  1 Tessalonicenses 3: 9-13
  Lucas 19: 28-40 ou Lucas 21: 25-36

Leitura Devocional

Aqui há um enfoque especial no jumentinho, que nunca havia sido montado. Em meio a essa narrativa, Lucas concentra a atenção dos ouvintes no jumentinho (19.30). A descrição contém dois verbos principais, "encontrar" e "trazer", duas referências ao jumentinho. Lucas encerrará sua narrativa em Jerusalém com uma referência semelhante: "sepulcro cavado na rocha, no qual ninguém ainda fora colocado" (23:53). Tanto o jumentinho que nunca havia sido montado quanto o sepulcro onde ninguém havia sido colocado são separados para os propósitos sagrados de uma pessoa santa (cf. Nm 19: 2; Dt 21: 3; 1 Sm 6: 7).  Jesus é um rei, e agora ele deve receber privilégios reais, porque como Filho de Deus é agora o lugar da santa presença de Deus. Ele deve entrar na cidade como um rei, porque o Senhor agora vem ao seu templo (Ml 3.1). O refrão em ambas as partes desta seção repete a necessidade do jumentinho: "Porque o Senhor precisa" (Lucas 19:31, 19:34). Tanto na seção de previsão quanto na seção narrativa, a perda do jumento está no centro. Este é o ponto-chave dos preparativos: encontrar um jumentinho, soltá-lo e levá-lo a Jesus. Essa ação, através dos "enviados" (19.32; cf. "apóstolos"), pode lembrar o ouvinte de todo o ministério de libertação de Jesus. Através de seus ministros, Jesus liberta os que estão ligados pelo pecado. 

Mas o ouvinte ainda pergunta: Por que o jumentinho? O astuto estudante do Antigo Testamento sabe das profecias que quando o Messias entra na cidade, ele o fará sobre um jumentinho que ninguém tenha montado. Há um claro eco da promessa de Jacó à casa de Judá em Gen. 49.11: "Amarrará seu jumento a uma videira e o seu jumentinho, ao ramo mais seleto; lavará no vinho as suas roupas, no sangue das uvas, as suas vestimentas". O "vinho" e "o sangue das uvas" sugerem o derramamento iminente do próprio sangue de Jesus, e este jumento representa tanto a realeza do cavaleiro quanto, ao mesmo tempo, sua humildade. Esse entendimento vem de Zacarias 9.9, uma profecia que contém em si uma referência à profecia do Gênesis. No entanto, entre a passagem messiânica em Gênesis e a profecia de Zacarias (e o cumprimento aqui), existe uma tensão considerável entre um rei e um humilde servo, uma tensão que Jesus abraça em si mesmo e demonstrará agora em suas ações em Jerusalém, onde Ele é coroado rei na cruz, o foco de sua humilhação e vergonha.

Quando os grandes momentos de ação atingem a narrativa, Lucas costuma contá-los de maneira simples e direta. Os preparativos de Jesus dão frutos quando o jumentinho é trazido a ele, as roupas são jogadas sobre ele e os discípulos colocam Jesus sobre ele. Enquanto Jesus viaja para a cidade, os discípulos estendem roupas no caminho à sua frente. Jesus entra na cidade como rei. A aclamação real não é o cumprimento do sentimento público, mas da profecia do AT. O caminho catequético para Jerusalém, "a cidade do grande rei" (Mt 5,35), está agora completo. O rei vem para receber seu reinado (Lucas 19.11-28) por meio da cruz.

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Leitura devocional adaptada de Concordia Commentary: Luke 9:51–24:53, páginas 744-45 © 1997 Concordia Publishing House. Todos os direitos reservados.

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