junho 13, 2019


No dia 12 de junho a Igreja Luterana rendeu graças a Deus ao recordar o Concílio de Niceia. O Concílio de Niceia foi um encontro de bispos cristãos durante o qual as heresias foram condenadas e uma confissão de fé comum foi desenvolvida (o Credo Niceno). Lemos sobre este concílio no "Tratado sobre o poder e o primado do papa", publicado no Livro de Concórdia, 6° edição.

Leitura Devocional

VI. O Concílio de Niceia ordenou que o bispo de Alexandria cuidasse das igrejas do Oriente e o bispo romano cuidasse das igrejas suburbanas, isto é, das que ficavam nas províncias romanas do Ocidente. Daqui, de direito humano, isto e, pela ordenação conciliar, cresceu, pela primeira vez, a autoridade do bispo romano. Agora, se o bispo romano tivesse possuído autoridade de direito divino, não teria sido lícito ao concílio tirar-lhe qualquer direito e transferi-lo ao de Alexandria. Na verdade, todos os bispos do Oriente sempre deveriam ter procurado ordenação e confirmação do bispo romano.

VII. O Concílio de Niceia resolveu, igualmente, que os bispos fossem eleitos por suas igrejas, na presença de algum bispo vizinho ou de mais de um. O mesmo foi observado também no Ocidente e nas igrejas latinas, conforme testificam Cipriano e Agostinho...

Pois é sabido que o reino de Cristo está disperso por todo o mundo e, hoje, há muitas igrejas no Oriente que não buscam junto ao bispo romano a ordenação nem a confirmação. Por isso, como aquela superioridade é impossível, e já que nunca esteve em uso nem foi reconhecida pelas igrejas na maior parte do mundo, está suficientemente claro que não foi instituída [de direito divino].

VIII. Foram anunciados e realizados muitos concílios antigos em que não presidiu o bispo romano, como o Niceno e muitos outros. Testifica também isso que, então, a igreja não reconheceu o primado ou a superioridade do bispo romano.

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A leitura devocional é do Livro de Concórdia, As Confissões da Igreja Evangélica Luterana, 6° Edição, páginas 347,348. 2006, Comissão Interluterana de Literatura, Editora Concórdia, Sinodal e Editora da ULBRA.

Credo Niceno

Texto litúrgico utilizado atualmente:

Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra, tanto das cousas visíveis como das invisíveis. E em um só Senhor Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os mundos, Deus de Deus, Luz da Luz, verdadeiro Deus do verdadeiro Deus, gerado, não criado, de uma só substância com o Pai, por quem todas as cousas foram feitas; o qual por nós homens e pela nossa salvação desceu do céu e se encarnou pelo Espírito Santo da Virgem Maria e foi feito homem; foi também crucificado por nós sob Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado; e ao terceiro dia ressuscitou segundo as Escrituras, e subiu aos céus, e está sentado à direita do Pai e virá novamente em glória a julgar os vivos e os mortos, cujo Reino não terá fim. E no Espírito Santo, Senhor e Doador da vida, o qual procede do Pai e do Filho, que juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; que falou pelos profetas. E numa única santa Igreja Cristã e Apostólica. Confesso um só Batismo para remissão dos pecados, e espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo vindouro. Amém.

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