Hoje celebramos a Quinta-Feira Santa, a noite em que Jesus instituiu e estabeleceu o Sacramento do Altar (também comumente chamado de "Sagrada Eucaristia", "Santa Ceia" e "Ceia do Senhor"). Esta refeição especial substitui a Páscoa Judaica como memorial. Mas, como veremos, o Sacramento do Altar é muito mais do que simplesmente um memorial da morte de Jesus.
As Palavras da Instituição afirmam: "Na noite em que Jesus foi traído: Enquanto estavam comendo, Jesus pegou o pão e deu graças a Deus. Depois, partiu o pão e deu a seus discípulos, dizendo: - Peguem e comam. Isto é o meu corpo. Em seguida, pegou o cálice e agradeceu a Deus. Depois, passou o cálice aos discípulos, dizendo: - Bebam todos vocês, porque isto é o meu sangue, que é derramado em favor de muitos para a remissão dos pecados. É o sangue que sela o acordo feito por Deus com o seu povo" (Está registrado para nós nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, assim como em São Paulo em 1 Coríntios 11.)
Jesus disse aos discípulos que continuassem a celebrar esta refeição ("todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice proclamais a morte do Senhor, até que Ele venha") e disse para fazê-lo como Ele o instituiu ("fazei isto"). Por que Jesus queria que Seus seguidores continuassem celebrando esta refeição? É simplesmente um pedido para que seus discípulos não se esquecessem dele depois que Ele morresse? Então, por qual motivo nosso Senhor Jesus Cristo foi tão específico em detalhar o que eles deveriam fazer com o pão e o vinho? Jesus não era um sentimentalista, esperando não ser esquecido, nem um ritualista, desejando que Seus seguidores o imitassem para se destacar de outros grupos religiosos. Jesus, na verdade, deseja que Seus seguidores façam como Ele fez para receber exatamente o que Ele deseja dar: perdão dos pecados, vida e salvação pela recepção do seu Corpo e Sangue que foi crucificado, que foram dados e derramados "para a remissão dos pecados".
Como os israelitas, durante a primeira Páscoa, que comeram o cordeiro cujo sangue foi derramado e depois aplicado aos portais de entrada das casas, de modo que o anjo da morte passasse adiante (Êxodo 12), nós participamos do próprio "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo "(João 1:29). Os cristãos se achegam ao Sacramento do Altar para ouvir as Palavras de Perdão (as Palavras de Instituição). Assim afirma o Dr. Martinho Lutero em seu Catecismo Menor: "Estas palavras são, junto com o comer e o beber, o mais importante na ceia do Senhor. E quem crê nestas palavras tem o que elas dizem: perdão dos pecados." e ainda "verdadeiramente digna e bem preparada é a pessoa que crê nestas palavras: Dado e derramado em favor de vocês para remissão dos pecados. A pessoa, porém, que não crê nestas palavras ou delas duvida é indigna e não está preparada. Pois as palavras em favor de vocês exigem que a pessoa creia de fato".
[Para aqueles que não têm certeza sobre o corpo e sangue de Jesus estarem presentes nas espécies do pão e do vinho, considere primeiro as palavras de Jesus e então considere São Paulo em 1 Coríntios 11:27, "Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor." Notem que ele não é culpado do pão ou do vinho, mas "de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor". E, novamente, São Paulo diz que tal "não discerne o corpo do Senhor " (vs. 29).
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