O Evangelho do quinto domingo depois de Pentecostes é a história de Lucas sobre a parábola do Bom Samaritano. Nossa leitura devocional vem do Concordia Commentary: Luke 9:51–24:53.
Leituras bíblicas
☩ Levítico (18: 1-5) 19: 9-18
☩ Salmo 41
☩ Colossenses 1: 1-14
☩ Lucas 10: 25-37
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Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.
- Glórias a ti, Senhor!
25E eis que certo homem, intérprete da Lei, se levantou com o objetivo de pôr Jesus à prova e lhe perguntou: — Mestre, que farei para herdar a vida eterna? 26Então Jesus lhe perguntou: — O que está escrito na Lei? Como você a entende? 27A isto ele respondeu: — “Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, com todas as suas forças e todo o seu entendimento.” E: “Ame o seu próximo como você ama a si mesmo.” 28Então Jesus lhe disse: — Você respondeu corretamente. Faça isto e você viverá. 29Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: — Quem é o meu próximo? 30Jesus prosseguiu, dizendo: — Um homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de alguns ladrões. Estes, depois de lhe tirar a roupa e lhe causar muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto. 31Por casualidade, um sacerdote estava descendo por aquele mesmo caminho e, vendo aquele homem, passou de largo. 32De igual modo, um levita descia por aquele lugar e, vendo-o, passou de largo. 33Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou perto do homem e, vendo-o, compadeceu-se dele. 34E, aproximando-se, fez curativos nos ferimentos dele, aplicando-lhes óleo e vinho. Depois, colocou aquele homem sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele. 35No dia seguinte, separou dois denários e os entregou ao hospedeiro, dizendo: “Cuide deste homem. E, se você gastar algo a mais, farei o reembolso quando eu voltar.” 36Então Jesus perguntou: — Qual destes três lhe parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos ladrões? 37O intérprete da Lei respondeu: — O que usou de misericórdia para com ele. Então Jesus lhe disse: — Vá e faça o mesmo.
Este é o Evangelho do Senhor.
- Glórias a ti, ó Cristo!
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A própria história não é chamada de parábola, embora seja comumente conhecida como "a parábola do bom samaritano". É uma das muitas histórias em Lucas que parecem parábolas apesar de não terem o rótulo. Como com algumas das outras histórias, é possível que este seja um relato histórico dos eventos que realmente ocorreram, embora o texto não indique isso e a mensagem de tais histórias e parábolas não dependa da historicidade porque pretendem ilustrar.
Na história em si, o Bom Samaritano está no centro com sua compaixão. A compaixão do bom samaritano se manifesta em ações compassivas. Ele administra primeiros socorros, leva o homem em seu próprio animal para um lugar para se recuperar e gasta seu dinheiro para cuidar do homem.
O que domina a parábola é a compaixão do samaritano em contraste com os outros que o espancaram ou o deixaram lá. O intérprete entende claramente a história, já que ele tem exatamente a resposta certa para a pergunta feita por Jesus: "Qual destes três lhe parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos ladrões?" Naturalmente, a resposta é "O que usou de misericórdia para com ele.". A resposta do intérprete enfatiza o ponto de todo a perícope: compaixão e misericórdia.
E assim vem a resposta final de Jesus: "Vá e faça o mesmo". Que pergunta Jesus respondeu? "Quem é meu próximo?" Ou: "Que farei para herdar a vida eterna?" Onde, de fato, Jesus deixa o questionador? Surpreendido, esvaziado, desafiado. Jesus evocou da boca do homem a palavra que é o coração da Torá: misericórdia, pacto de amor.
O intérprete é desafiado a cessar e desistir de suas manobras legais para evitar o problema central. Deus, como revelado na Torá, e especialmente como revelado em Jesus, é um Deus de amor, misericórdia e compaixão. Jesus chama o intérprete para mostrar amor e misericórdia como um homem da aliança a quem a misericórdia de Deus veio, na Torá e agora em Jesus!
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A leitura devocional é adaptada de Concordia Commentary: Lucas 9: 51–24: 53, página 452–54 © 1997 Concordia Publishing House. Todos os direitos reservados.
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