Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 2, 36-40
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Um dia sagrado brilhou para nós: nações, vinde todas adorar o Senhor, pois hoje desceu grande luz sobre a terra!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 36Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Ela era bem idosa, tendo vivido com o marido sete anos desde que tinha se casado. 37Agora era viúva de oitenta e quatro anos. Ela não deixava o templo, mas adorava noite e dia, com jejuns e orações. 38E, chegando naquela hora, dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. 39Depois de terem cumprido tudo conforme a Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré. 40O menino crescia e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. (NAA)
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
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Comentário do dia por São Pedro Crisólogo,
Bispo de Ravena, Doutor da Igreja
Sermão 147, sobre o mistério da Encarnação
Como pode o homem, com o seu olhar tão limitado, abranger o Deus que o mundo não consegue abarcar? O amor não se incomoda em saber se uma coisa é adequada, conveniente ou possível. O amor [...] ignora a medida. Não se consola com o pretexto de que é impossível; a dificuldade não o detém [...]. O amor não consegue deixar de ver quem ama. [...] Como pode alguém acreditar que é amado por Deus sem O contemplar? Assim, o amor que deseja ver Deus, mesmo que não seja racional, é inspirado pela intuição do coração. Foi por isso que Moisés ousou dizer: «Se alcancei graça aos teus olhos, revela-me as tuas intenções» (Ex 33,13s), e o salmista: «Mostra-nos o teu rosto» (79,4). [...]
Por conseguinte, conhecendo o desejo que os homens têm de O ver, Deus escolheu, para Se tornar visível, um meio que beneficiasse todos os habitantes da Terra, sem com isso prejudicar o Céu. Pode a criatura que Deus fez semelhante a Si neste mundo ser considerada pouco digna no Céu? «Façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa semelhança», disse Deus (Gn 1,26). [...] Se Deus tivesse adotado a forma de um anjo, ter-Se-ia mantido invisível; se, em contrapartida, tivesse encarnado numa natureza inferior à do homem, teria ofendido a divindade e teria rebaixado o homem, em vez de o elevar. Portanto, que ninguém, irmãos muito amados, considere uma ofensa a Deus o facto de Ele ter vindo aos homens como homem, e de ter encontrado este meio para ser visto por nós.
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